O Sistema Católico
Romano começou a tomar forma quando o Imperador Constantino, convertido ao
Cristianismo presidiu o 1º Concílio das Igrejas no ano 313. No Século IV
construíram a primeira basílica em Roma.
As Igrejas eram
livres, mas começaram a perder autonomia com Inocêncio I, ano 402 que,
dizendo-se "Governante das Igrejas de Deus exigia que todas
as controvérsias fossem levadas a ele. "Leão I, ano
440, aumentou sua autoridade; alguns historiadores viram nele o primeiro papa.
Naqueles tempos ninguém supunha que "S. Pedro foi papa", fora casado
e não teve ambições temporais.
O poder dos pretensos
papas cresceu ainda mais quando o Imperador romano Valentiniano III, ano 445,
bajulado, reconheceu oficialmente a pretensão do papa de exercer autoridade
sobre as Igrejas. O papado surgiu das rumas do Império Romano desintegrado no
ano 476, herdando dele o autoritarismo e o latim como língua, embora o primeiro
papa, oficialmente falando, foi Gregório no ano 600 d.C.
A palavra
"papa" significa pai; até o ano 500 todos os bispos ocidentais foram
chamados assim: aos poucos, restringiram esse tratamento aos bispos de Roma,
que valorizados, entenderam que a Capital do império desfeito deveria ser Sede
da Igreja.
Nicolau l, ano 858,
foi o primeiro papa a usar Coroa. Usou um "Documento
Conciliar falso (espúrio) dos Séculos 2º e 3º que exaltava o poder do papa e
impôs autoridade plena. Assim, o "Papado que era recente, tomou-se coisa antiga." Quando a farsa foi descoberta Nicolau já não
existia!
O Vaticano projetou-se
quando recebeu de Pepino, o Breve, ano 756, vastos territórios; essa doação foi
confirmada pôr Carlos Magno, ano 774, quando ocupava o trono papal Adriano I.
(Taglialatela, II pág. 44).
Carlos Magno elevou o
papado a posição de poder mundial, surgindo o "Santo Império Romano"
que durou 1.100 anos. Mais tarde, Carlos Magno arrependeu-se pôr doar terras
aos papas. No seu leito de morte sofreu "horríveis pesadelos".
Agonizando, lastimava-se assim: "Como me
justificarei diante de Deus pelas guerras que irão devastar a Itália, pois os
papas serão ambiciosos, eis porque se me apresentam imagens horríveis e
monstruosas que me apavoram devo merecer de Deus um severo castigo"
(Piliati, Tomo I, ano 1776, Edson Thompson, Londres).
O Vaticano derramou muito
sangue, até ser invadido pôr Napoleão Bonaparte, em 1798. O papa foi preso e
perdeu suas terras; tentou reagir mais tarde, mas Vítor Emanuelli, ano 1870.
derrotou novamente as "tropas do papa"
tomando-se o primeiro Rei da Itália.
Assim caiu o
"Santo Império Romano"! O Papa vencido advertia: "Não
somos simples mortais" Ocupamos na terra o lugar de Deus, estamos
acima dos anjos e somos superiores a Maria, mãe de Deus, porque ela deu a luz a
um Cristo somente, mas nós, podemos fazer quantos Cristos Referia-se
a transubstanciação. (Gazzeta da Alemanha n.o 21 ano 1870).
Até 1929, os papas
ficaram confinados no Vaticano quando Mussolini e Pio XI legalizaram com o
tratado de Latrão esse pequeno Estado religioso que atualmente é "controlado
pela Cúria Romana, mas governado pôr 18 velhos Cardeais, que controlam a
carreira dos bispos e monsenhores, o papa fica fora dessa pirâmide".
(Estado de S. Paulo, 28-3-82).
No Brasil a liderança
Católica está nas mãos de 240 bispos mais conhecidos pelas suas posições
políticas do que pela religiosidade. Estão divididos entre Conservadores,
Progressistas e não Alinhados. (Dom Luciano Cabral. Rev. Veja 30-1-80).